quarta-feira, 22 de abril de 2020

Sem manual


Durante todo o período entre a decisão de ser mãe, gestação e o nascimento de um filho, a gente costuma ler sobre várias técnicas. Desde como trocar a fralda até como acalmar um bebê com cólica.
Ah, como seria tudo mais fácil se fosse prático e lindo como nos manuais. Só que não é.
Os desafios aparecem de maneira diferente para cada mãe. São mutantes. Nada do que lemos parece fazer sentido. A gente até tenta usar algumas técnicas mas elas quase nunca se encaixam. Parece até pegadinha. Tudo acontece tão rápido que nem dá tempo de lembrarmos o que dizia no manual.
A maternidade exige da gente ímpeto. Instinto aflorado o tempo todo. Nas encruzilhadas não dá tempo de pensar muito, só nos resta sentir e agir. Não tem atalho, nem ponte, nem estrada alternativa. Não tem regra nem manual. Não existe período de adaptação, ou ensaio. No caso da maternidade, quem não sabe faz ao vivo. Por isso no começo assusta. Assusta porque lendo os manuais achamos que está tudo sob controle, mas quando o bebê está nos braços percebemos que não está. E que bom que não está. Afinal, se não fosse assim a maternidade não teria o poder de revolucionar a nossa alma e coração.
Que bom. Que incrível que não tem manual.

Texto: @iane_samara
Coautora: @maeforadacaixa

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